O bom e velho Marcelo Nova. Uma figura como poucas. Antes de entrar no TCA bebi com destreza duas cervejas no boteco Cervantes, bem ao lado do teatro, enquanto esperava uma amiga que iria me acompanhar no show. Foi fundamental para entrar no TCA sem a carga do dia-a-dia, longe da rotina e mais próximo da arte. Foi alvissareiro.
Marcelo Nova num formato bem diferente se comparado ao último show que fui do velho Marceleza há cerca de oito anos. Um pouco mais comedido, mas sempre contundente, direto e pornográfico. Contou como foi o seu primeiro contato com o rock and roll, o vislumbre com o mundo da música, a primeira banda, os problemas com as gravadoras, a relação com as drogas e, claro, o encontro com Raulzito. Autenticidade é sinônimo de Marcelo Nova. Enquanto falava que a banda Raulzito e os Panteras havia mudado seu modo de ver a música, de ver a vida, ele convida os integrantes da banda para entrar no palco. Foi o ápice. Três figuras adentraram ao palco com simplicidade, mas com segurança. Foi rock and roll puro, de qualidade. Que saudade de ouvir um som assim...
O formato do Música Falada não é lá muito o perfil do velho Marceleza, mas ele tirou de letra. Foi elegante com os convidados pra entrevista, nem tanto com o público, que insistia nos sucessos como “Silvia”. Marceleza tocou o que quis, do jeito que quis e ainda com o filho a tiracolo. Terminou tudo convidando o parceiro com quem compôs um velho sucesso, em homenagem ao Simca.
O bom e velho rock and rolll em plena terça. Valeu Marceleza!
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
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